A AUTORREFLEXÃO COMO QUEBRA DE PARADIGMAS: uma atribuição à cerca do pensamento filosófico
Uma das grandes indagações em torno daquilo que seria a Filosofia, consiste no desenrolar de estratégias que permitam o indivíduo adquirir autonomia diante dos fatos sociais existentes. Nesse pressuposto, só se compreenderá os aspectos de filosofar, a caso sejam quebrados os paradigmas que rodeiam os seres humanos, permitindo-os de superarem suas limitações em busca de seus respectivos desenvolvimentos pessoais.
Desse modo, ao olharmos o Mundo dentro de um aspecto taciturno, percebe-se apenas os fatores que compõem a matéria (no sentido físico), sendo necessária a busca pela continuidade dos fatores apresentados, na expectativa de se ter uma atribuição transcendental dos fatores, tal como pode ser constatado a partir do momento em que metaforicamente se quebra uma janela de vidro, que antes impedia o ser humano de ver o Mundo em sua totalidade, na específica pureza dos detalhes constituintes da matéria.
Nesse sentido, a Filosofia e o seu respectivo ato de filosofar, não poderia ser meramente classificada (conceituada), mas sim, a mesma poderá, em âmbito geral, ser compreendida como a ação do ser humano em superar os seus limites pessoais, gerando inquietações capazes de proporcionar questionamentos (autorreflexão), que porventura, serão possivelmente esclarecidos com a quebra paradigmática, tal como a Alegoria da Caverna segundo Platão. Sendo assim, ao haver tal quebra, a mesma deixa de se apresentar como ato filosófico, sendo agora, um conceito estabelecido (síntese) em busca de novas possíveis intervenções (antítese ou novas atitudes filosóficas).
Portanto, a partir do princípio analítico do supracitado texto, a Filosofia é a transposição e superação dos fatos, sendo um olhar clínico sobre um determinado fator em busca de sua transcendência.
