Análise sobre o Organograma de Émile Durkheim
O Filósofo Émile Durkheim realizou, durante sua vida, inúmeras pesquisas sobre a sociedade, escrevendo vários tratados que permeavam o que ele chamou de Fato Social. Ele propôs em suas teorias que, para a existência da sociedade, é preciso haver um consenso entre os participantes dela. Este consenso, Durkheim chamou de solidariedade. Esta última, dividiu em Mecânica e Orgânica.
A priori, a solidariedade mecânica, seria, segundo Durkheim, as organizações primitivas, onde todos os indivíduos partilham da mesma concepção de Moral, crenças religiosas e concepções referentes a virtude. Numa segunda abordagem, definiu solidariedade orgânica como as mais complexas e modernas. Sendo os indivíduos mais “autônomos” e mais conscientes. Nessa última, ele explorou a divisão do trabalho social.
Ainda na solidariedade orgânica, o filósofo propôs que as relações do trabalho se interdependiam, e eram necessárias para produzir. Porém, como na sociedade orgânica as relações interpessoais são meramente profissionais e singulares, o indivíduo tende ao sentimento “depressivo”, e ao suicídio, tema para o qual o filósofo despendeu boa parte dos seus estudos. O Suicídio, era para Durkheim, não algo limitado ao indivíduo, mas uma consequência de uma série de fatores ligados à sociedade.
Ao discutir sobre o Suicídio, Durkheim classifica-o em quatro classes: Egoísta, quando ocorre o isolamento social, do singular. Altruísta: quando a pessoa está muito ligada à uma instituição e se suicida por honra. Fatalista: quando alguém se encontra represado, oprimido. Por fim, o suicídio anômico: aqui, não existem regras e a pessoa pode sentir-se perdida.
Por fim, Durkheim evidencia que os suicídios acontecem em caso de desordem e assim define anomia como sendo a falta de regulamentação, nesse caso, a sociedade não age como moderador sobre os indivíduos. Com isso, o indivíduo sofre e vive no “vazio”. Sinteticamente, para ele, combate-se a anomia com a solidariedade social.