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Pedido

Olho-me no espelho e vejo um corpo estranho, feições de uma mulher, olhos perdidos em um mundo distante, imaginário. Estou tão longe daqui, você me mantêm a distância, quero te encontrar, quero mostrar que tudo pode ser diferente, mas parece que tem medo de me olhar, medo de ficar a sós comigo.


Por que foge de mim? E por que insiste em me fazer tanto mal? Será que não vê que não tem lógica ficar me cobrando, julgando e punindo o tempo todo? Quero te ajudar, ninguém mais pode. Somente eu. Então, confie em mim. Eu gosto tanto de você, jamais te farei algum mal, só quero te ver feliz, então deixe-me tentar.


Ouça-me! Você precisa libertar-se desse cárcere que a separa de mim, da felicidade, esquecer as situações desagradáveis que aconteceram e o medo do que pode acontecer, o que fez e o que deixou de fazer. Precisa pensar no hoje, nas lições que aprendeu, em como você é importante e o que pode fazer de diferente.


Sofro em te ver definhar nesse oceano de amargura e ressentimento, com todas essas suas dúvidas. Choro amargamente quando não faz o que desejo, quando me abandona e me despreza. E fico eufórica quando você está feliz, fazendo o que gosta. Então pare, pense, me ouça, a única que você tem que agradar, amar, respeitar e dar atenção é a mim, sua ALMA. Não me abandone, não me mate dentro de você, eu vivo só por você e para te fazer feliz. Só peço humildemente que pense em mim.


"…Alma! Deixa eu ver sua alma A epiderme da alma Superfície! Alma! Deixa eu tocar sua alma Com a superfície da palma Da minha mão Superfície!…” (DUNCAN, 2001).





REFERÊNCIA


DUNCAN, Zélia. Alma. Album: Sofrimento. Universal Music Ltda, 2001.

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